terça-feira, 4 de junho de 2013

O cara superou o Magoo!








Vai comprar uma moto? Antes de decidir, olhe no espelho

Especialista Roberto Agresti estreia coluna com dicas para escolha.
Não é só pensar no custo: tipo físico e finalidade são fundamentais.




loja de motos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Motos para uso basicamente no trânsito são
diferentes daquelas de estrada ou trilha
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O tão ansiado momento da compra de uma motocicleta chegou. E aí? Seja para os que vão comprar a primeira moto, seja para os que já vivem há tempos no mundo das duas rodas, a hora é delicada, capaz de tirar o sono. As dúvidas são muitas, e as considerações vão bem além do mais prosaico dos problemas, e quase sempre determinante: o dinheiro.
O mais óbvio e melhor dos conselhos é conter ao máximo o endividamento. O ideal é limitar os desejos a um bem que efetivamente possa ser pago sem grande sacrifício, lembrando que motos, assim como carros, são sujeitas a forte depreciação e não devem ser vistas como investimento. E é importante não desconsiderar os custos de manutenção e seguro, este verdadeiramente impeditivo em alguns casos, dependendo do perfil do usuário e da localidade em que reside.
Passada essa "pincelada" na parte chata – custo de aquisição, manutenção e preservação do bem – vamos a questões bem mais amenas de se tratar, ou seja, as variáveis na escolha de uma moto. Reservo abaixo algumas considerações fundamentais para a compra da primeira ou da 15ª moto da sua vida.
TAMANHO É DOCUMENTO
Motos têm diferentes alturas
do banco ao solo
 (veja exemplos)
BAIXA - Suzuki Burgman 125i - 730 mm
 
Suzuki Burgman 125i (Foto: Divulgação)
MÉDIA - Honda Hornet - 800 mm
Honda CB 600F Hornet (Foto: Divulgação)
ALTA - Yamaha Ténéré 660 - 896 mm
Yamaha XT 660Z Ténéré (Foto: Divulgação)
Altão, baixinho ou pesado?
O espelho, preferencialmente um dos grandes, onde você se veja de corpo inteiro, é um bom começo para a escolha, especialmente para iniciantes no guidão. Se você é um gigante ou a balança frequenta a escala na área dos três dígitos, muita atenção, pois não será qualquer moto que garantirá a devida segurança.
A capacidade de frear e contornar curvas e obstáculos de qualquer veículo levando uma importante massa corpórea fica comprometida e, assim, se você é grandão, pesadão, ou ambos, fuja dos modelos pequenos. A não ser que você queira roubar o emprego do urso no circo...

Na outra extremidade dessa análise, digamos, literalmente reflexiva, estão aqueles cuja estatura não é privilegiada, a turma que na escola ou no trabalho recebe carinhosos apelidos, mas sempre no diminutivo.
Para estes algumas motos são especialmente cruéis, exigindo aplicar o verbo "escalar" no lugar do mais usual "montar". Novato e baixo? A moto alta é tremendamente contraindicada, uma vez que conseguir colocar os pés no solo de forma rápida é parte indissociável do aprendizado nas artes do guidão.

Uma outra olhada no “espelho”, desta vez o de sua consciência, vai evitar dissabores futuros. Seja honesto consigo mesmo: não superestime sua habilidade. Parta do pressuposto de que você ainda tem tudo (para os iniciantes) ou muito (para os iniciados) o que aprender. Posto isso, lembre-se que motos são seres inanimados e quem deverá estar no comando, sempre, é você.

Começar com uma supermoto ultrapotente pode parecer um desafio fascinante, mas logo será perceptível o quanto é frustrante não poder domar tanta potência convenientemente. E, mesmo aos que se consideram habilidosos e experimentados, com bons quilômetros no currículo de motociclista, um aviso: as atuais superesportivas só são realmente aproveitáveis por superpilotos.
FORÇA NA MEDIDA CERTA
Veja exemplos de potência no mercado
MENOS POTENTE - Kasinski Soft 50
3,5 cavalos
Kasinski Soft 50 (Foto: Divulgação)
MÉDIA - Triumph Tiger 800XC - 95 cv
Triumph Tiger 800XC (Foto: Divulgação)
MUITO POTENTE - Kawasaki Ninja
ZX-14R - 210 cv
Kawasaki Ninja ZX-14R (Foto: Divulgação)
Na verdade elas são belos e sedutores "cartões de visita" tecnológicos dos fabricantes, mas sua utilização em ruas e estradas é, na maior parte das ocasiões, frustrante, seja por conta do desconforto da posição de pilotagem, idealizada para uso em pista, como pelo funcionamento inadequado deste tipo de moto em baixa velocidade, ou pela cada vez mais rígida fiscalização.
Para que quer a moto?
A mais importante questão que deve ser respondida por quem se propõe a comprar uma moto é acerca de sua utilização: qual será o tipo de uso? Se a resposta for "meio de transporte urbano", itens como agilidade, praticidade e economia de exercício são os alvos prioritários.
Contudo, se a isso se somar o uso para lazer nos fins de semana, em viagens curtas e com a presença de alguma bagagem e companhia na garupa, há de se prever maior capacidade de carga e potência, que elimina da lista veículos eminentemente urbanos como os práticos scooters e motonetas.

Um simpático Burgman 125i ou uma Honda Biz são imbatíveis no vai e vem da cidade. Mas, para aquela esticada ao sítio ou à praia, com namorada a tiracolo, deixam muito a desejar. Já uma pequena utilitária de 150 cilindradas ou, melhor ainda, de 250 cc ou pouco mais que isso, segura bem a onda destes passeios desde que limitados a 100-150 km de distância.

E se houver estradas de terra nos trajetos do dia a dia ou nos de lazer, as trail, com seus pneus mistos e maior curso de suspensão, são ideais.
Mas, atenção: quanto maior, mais alta e pesada for a moto, menos econômica ela será e mais habilidade exigirá para uma condução segura.

Está de olho na Harley?
O brilho do metal cromado e a pulsante batida dos motores das motos custom, da qual a maior representante é a americaníssima Harley-Davidson, tem gerado um interessante fenômeno: o resgate de motociclistas que se afastaram do guidão em épocas passadas. Muitos abandonaram a moto por causa do casamento, da chegada de filhos, do emprego com terno e gravata e da vida de homem "sério".
PESO-PENA x PESO-PESADO
Veja exemplos de massas de motos
LEVE - Dafra Super 50 - 94 kg
Dafra Super 50 (Foto: Divulgação)
MÉDIA - BMW G 650 GS - 193 kg
BMW G 650 GS (Foto: Divulgação)
PESADA - Harley-Davidson Electra
Glide Ultra Limited - 413 kg
Harley-Davidson Electra Glide Ultra Limited (Foto: Divulgação)
Cumpridas as tarefas sociais e profissionais, com os filhos criados e bolso fornido, tais quarentões se voltam em boa parte ao mundo custom e suas motos chamativas, imponentes e com dirigibilidade fácil por conta da baixa distância do assento em relação ao solo, apesar do peso e volume exagerado característico deste tipo de máquina.

Para esta tribo de motociclistas de volta ao ninho, um recado: não se superestime. Por mais que você tenha sido um voraz motociclista na sua juventude, exagerar no "calibre" de sua reluzente custom pode ser um erro. Prefira começar com modelos mais leves e fáceis de tocar para este regresso ao “Planeta Moto”.

Uma outra turma muito em voga, não apenas no Brasil, mas em todo o planeta, é formada pelos que admiram as motos criadas para grandes viagens e aventuras. Os maiores exemplos são a grã-turismo Honda Goldwing, um verdadeiro transatlântico sobre rodas, e a BMW R 1200 GS, a maxienduro favorita dos que sonham em dar um "pulinho" até a Patagônia, cruzar as estepes siberianas ou passar o próximo feriado prolongado no deserto do Jalapão.

A estes candidatos a alcançar quilometragens recorde ao guidão, vale lembrar que tais motos exigem pernas fortes (e longas, no caso das maxienduro) e destreza acima do padrão. Invariavelmente dotadas de grandes tanques e malas, por causa do grande volume e peso, elas requerem especial atenção nas manobras em baixa velocidade. Podem parecer lindas e chamativas, tentadoras para se exibir na avenida da praia ou nos locais da moda, mas tremendamente inadequadas em situações de uso urbano.

Para elas, vale discurso parecido com o feito para as superesportivas: use-as no ambiente para as quais foram criadas. A pista, para as esportivas, ou a estrada, para as GT e maxienduro.

Enfim, o resumo é o seguinte: escolha a moto que bem entender, mas leve em consideração os pontos básicos descritos acima. O mais importante deles, certamente, é botar seu bom-senso para funcionar. E seja feliz.
Roberto Agresti (Foto: Arquivo pessoal)

Roberto Agresti escreve sobre motocicletas há três décadas. Nesta coluna no G1, compartilha dicas sobre pilotagem, segurança e as tendências do universo das duas rodas
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sexta-feira, 26 de abril de 2013

4º Encontro Nacional de Motociclistas e Triciclistas 17 a 19 de Maio de 2013 | Joaquim Tavora - PR

4º Encontro Nacional de Motociclistas e Triciclistas
17 a 19 de Maio de 2013 | Joaquim Tavora - PR

O Motoclube Motociclistas de 5ª convida a todos os entusiastas da vida sobre duas ou três rodas para o 4º Encontro Nacional de Motociclistas e Triciclistas de Joaquim Távora (PR). A confraternização ocorre de 17 a 19 de maio e promete muito rock’n roll e boas amizades.

Nos palcos, as bandas Over Ride (Bauru-SP), Pallets (Curitiba-PR) e Pátria Fúria (Wenceslau Braz-PR) levarão o melhor do rock clássico e nacional. A programação também inclui exposição e revenda de motos, feira de artigos motociclísticos, Café da Manhã 0800 para escudados (no sábado e domingo), além de troféus para motoclubes e sorteio de brindes e de uma motocicleta 0KM.

Durante o evento, também ocorre a 2ª etapa do Campeonato Leste Paranaense de Velocross, que terá a participação da Equipe Uma Roda Moto Peças.

O encontro tem entrada franca e será realizado no Centro de Eventos Marco Antonio de Andrade Vieira. O local contará com Internet Wi-Fi e área de camping coberta, gratuita, com chuveiros elétricos e segurança 24h.

Sobre o município

Localizada a aproximadamente 230 quilômetros da capital paranaense, Joaquim Távora é uma pacata e pequena cidade. A colonização da região teve início no início do século XX e progrediu rapidamente devido a sua terra fértil, ótima para a lavoura do café, e a inauguração da Estrada de Ferro da Rede de Viação Paraná – Santa Catarina.

A poucos quilômetros do centro do município, encontra-se a Serra da Figueira, local muito procurado para escaladas e trekking e que oferece uma das mais belas paisagens do interior do Paraná.

Seu nome é em homenagem ao tenente Joaquim Távora, um dos líderes da Revolução de 1924, em São Paulo. (Fonte: Paraná Turismo)
Organização: Motociclistas de 5ª
Contato2 (43) 9923-7908 | Alysson
E-mail: motociclistasdequinta@gmail.com
Local: Centro de Eventos Marco Antonio de Andrade Vieira | Rua das Azaleias
Ingresso Entrada franca